RE/MAX VENDE MIL PRÉDIOS EM ANO E MEIO E A MAIORIA É PARA REABILITAÇÃO
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61% dos compradores são nacionais, com o distrito de Lisboa a representar 87% das vendas
Volume de faturação ronda os 725 milhões, sendo o valor médio por prédio de 724.355 euros
Falta de habitação nova faz crescer preços deste tipo de imóveis. Por isso, a maioria opta pela reabilitação, a qual, por sua vez, contribui para a contenção dos valores das casas
A RE/MAX, maior rede imobiliária a operar em Portugal, foi responsável pela venda de 1.001 prédios em Portugal, nos últimos 17 meses, grande parte destinada à reabilitação. O valor médio por prédio fixou-se nos 724.355 euros, a que corresponde um volume de faturação na ordem dos 725 milhões de euros. Dos compradores, 61% são nacionais, incidindo grande parte no distrito de Lisboa (87%), sendo que, ao nível dos compradores internacionais, o destaque de vendas vai para os brasileiros (9%), os franceses (5,5%) e os chineses (5%).
Dos compradores nacionais, a maior percentagem de transações verificou-se no distrito de Lisboa, que incluem as vilas de Oeiras, Sintra e Cascais. Seguiu-se o distrito de Faro com 3% das transações e o do Porto e de Setúbal com 2,5% cada. Por último, há registo de prédios comprados em vários outros distritos como são o caso de Évora, Leiria, Santarém, Madeira, entre outros.
A maioria dos prédios comercializados destina-se a reabilitação. Como explica Manuel Alvarez, presidente da RE/MAX Portugal, “esta tendência verifica-se porque há falta de construção nova, e a que existe tem preços elevados. Como consequência da crise prolongada que o setor atravessou, grande parte das empresas de construção nacional despareceu ou estão em processos de insolvência. Não se estão a construir prédios novos. Por outro lado, é mais fácil a obtenção de crédito para reabilitação do que para compra de terreno novo. Deste modo, quem quer habitação nova tem de reabilitar”. Para o empresário, esta propensão conduz a uma contenção dos preços.
Manuel Alvarez vê com bons olhos a linha que o mercado está a seguir já que promove o desenvolvimento sustentável do mercado habitacional, através da preservação cultural, da proteção ambiental e de vantagens económicas. Além disso, “gera uma cadeia de valor que dá emprego e riqueza a muitos setores da população. Vejamos o exemplo dos arquitetos, que praticamente não tinham trabalho e que agora têm dificuldade em dar resposta a todos os pedidos. Assim como eles, as câmaras municipais acumulam processos.”
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