Entrevista ao Dr. Paulo Neto, Managing Director da empresa Home Instead Senior Care
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- De que forma a conjuntura económica actual está a afectar o desenvolvimento e expansão da empresa?
O ano de 2011, no seguimento aliás do ano anterior, foi marcado por uma paragem na abertura de novas unidades franchisadas. O nosso sistema, não sendo dos mais dispendiosos, requer ainda assim algum capital disponível. As dificuldades de financiamento junto da banca e algum calculismo das pessoas fizeram com que, apesar do interesse na marca continuar a ser muito elevado, a concretização desse interesse se tenha vindo a protelar. Só agora, no final do ano, é que estamos a perspectivar a assinatura de alguns novos contratos de franchising. Por outro lado a facturação sofreu uma desaceleração no crescimento, embora nessa vertente continuemos a ter uma actividade bastante positiva.
- Quais são os planos futuros e de desenvolvimento para a V.Marca no ano de 2011?
Dadas as condicionantes acima indicadas na abertura de novas unidades, optámos em 2011 por uma estratégia de consolidação da marca e de alteração e inovação de alguns aspectos importantes da actividade. Neste sentido, pretendemos até final do ano efectuar a alteração do site e lançar alguns programas de marketing, iniciar a certificação de qualidade e reformular a plataforma informática de suporte à gestão. Claro que estaremos igualmente focados no crescimento dos actuais franchisados – os programas de marketing são nesse sentido – e na expansão da rede, onde contamos que até final do ano possam ocorrer algumas novas adições.
- Qual é a chave para o sucesso da V.Marca?
Indiscutivelmente a qualidade do serviço. A nossa reputação provém, em grande percentagem, dos clientes satisfeitos e da publicidade que daí advém para a marca.
- Que investimento requer a vossa marca?
Cerca de 50 a 60 mil euros, já considerando a criação de um fundo de maneio que permite que um franchisado enfrente sem dificuldades os primeiros meses em que ainda não tem um número de clientes significativo
- Qual é o perfil do franchisado que procura a V.Marca?
É um perfil algo complexo. Tem de ser, obviamente, um gestor, com capacidade de liderança, iniciativa e força de vontade. Tem de ser um comunicador, pois será da sua responsabilidade grande parte da comunicação da empresa na área em que está implementado. E tem de ser uma pessoa com forte cariz social, com vontade de ajudar o próximo, com disponibilidade para abdicar um pouco do seu tempo para dar aos outros.
- O que oferece a sua marca ao franchisado?
Para além de uma semana de formação inicial, onde é transmitido o know-how fundamental da empresa, é dado um kit inicial com todas as ferramentas de divulgação necessárias, todos os formulários e procedimentos de apoio à actividade diária e o software de gestão da operação da empresa. Depois existem processos de apoio ao franchisado que envolvem chamadas telefónicas individuais ou em conferência, visitas à unidade franchisada para suporte às tarefas em que encontrem maiores dificuldades e desafios, reuniões de zona e uma (vamos passar a duas) reuniões anuais com toda a rede.
- Que elementos diferenciam a V.Marca dos restantes franchisings do sector?
Não gostaria de responder a esta questão. Penso que nenhum sistema é perfeito, todos teremos as nossas forças e fraquezas. Todos os dias trabalhamos no intuito de sermos os melhores e estarmos sempre um passo à frente das outras marcas do sector, mas cabe aos franchisados e aos candidatos avaliarem o nosso desempenho e confiarem em nós ao decidirem fazer parte da rede Home Instead.
- Qual a situação do mercado dos franchisings deste sector?
Mais uma vez, falo por mim. Acho que o nosso sucesso assenta na estabilidade que conseguimos transmitir aos franchisados e a um modelo de constante evolução. Não é um mercado fácil, não sei se neste momento há algum que o seja, mas acho que estamos a cimentar as bases que permitirão um crescimento sustentado e capaz de lançar a empresa para os patamares que todos, nós e os franchisados, pretendemos atingir.
- Qual a sua opinião sobre os investimentos em publicidade? Considera-os uma via importante e complementar para o sucesso de qualquer empresa ou área de negócio?
Sem dúvida. Naturalmente que em alturas de menor desafogo financeiro é natural que haja uma tendência de não investir tanto, e a área de marketing é normalmente uma das primeiras a sofrer com estas situações. É uma inevitabilidade, embora procuremos nunca ser demasiado restritivos nestas políticas. A publicidade é um meio fundamental para uma empresa que quer ser conhecida, chegar ao seu mercado e progredir em direcção aos objectivos traçados. Cabe a cada empresa entender quais são os meios mais eficazes de o fazer, já que a oferta actual de publicidade é imensa. Temos de ser pragmáticos e aplicar os recursos disponíveis onde os mesmos tenham mais efeito.
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